A perplexidade com os contrários me toma,
Espanta da minha beira o melhor aroma,
Afasta do meu caminho a sutil harmonia,
Me faz dedilhar as notas de uma triste melodia.
Nada mais insensato do que o apreço ao absurdo,
No antagonismo das paixões insanas, o clamor é surdo,
As ideias se unem mas não formam uma rima perfeita,
Os ideais se prostituem, apodrecendo a melhor receita.
Como se concebe, que a vítima se apaixone por seu algoz?
Que se transforme num instrumento de carinho o duro chicote?
Que se aplauda efusivamente quem lhe arroche o "garrote"?
Como o boi que atende ao chamado, para receber a canga atroz.
Como o vampiro que atua na calada da noite, para lhe tirar o sangue,
Para engordar aqui, um grupo criminoso e estranhos num endereço distante,
Tirando dos filhos, netos e posteridades o resultado de uma luta estonteante,
Pelo prêmio das bolsas, que nunca alcança o fundo de um "bolso" cambaleante.
Mas que mal tem, se o sangue em 4 dias se repõe e tudo volta a ser como antes,
No exercício de uma cega e "meiga" paixão, a vítima volta a se render ao algoz amante,
Pois afinal, após tanto tempo de luta e renúncia a seiva exaurida não foi bastante,
Ainda lhe resta, no limite, a vida, na linha da fome de um coração ofegante.
A paixão platônica, faz esquecer o aprendizado marcante,
Ensinos sagrados que nos acompanham de um tempo distante,
E no primeiro ato governante, da juventude foi nomeado representante,
Aquele que rasgou a bíblia sagrada, com a força de um militante.
Em fim, o reino da mentira quer dominar, com a força de seu imperador,
Agregar mais adeptos, para fazer da corrupção a bandeira de seu suporte,
Implementar de vez, num território historicamente de paz, o exercício da dor,
Treinar seus algozes, para utilizar seu melhor instrumento de carinho, O CHICOTE.